10. WeaponLord (Visual Concepts; Snes e Mega; 1995)
WeaponLord
Em uma época em que os jogos de luta eram dominados por Street Fighter, Mortal Kombat e King of Fighters, a pequena (e hoje defunta) Visual Concepts ousou e fez um game com fórmula bem diferente dos campeões de popularidade nos fliperamas. Ao contrário da concorrência, o foco da empresa era nos consoles e nasceu, assim, WeaponLord. O jogo investia em uma jogabilidade única e na força da narrativa do seu modo história para cativar os jogadores.
Apesar dos poucos personagens, WeaponLord se esforçava para deixá-los únicos, sendo um dos poucos games de luta a ter vários finais por lutador, dependendo da sua conduta durante as batalhas. O game foi bastante aclamado, mas sofria com alguns problemas: a jogabilidade era inovadora (WL tinha um sistema de “parry” dois anos antes de Street Fighter III), mas os comandos eram ruins. Outro ponto é que o título saiu já no final do reinado dos 16-bits, sendo um pouco ofuscado pela geração seguinte que já estava a todo vapor. Mesmo sem ter recebido sequer uma continuação, WeaponLord ajudou a inspirar a franquia Soul.
09. Battle Arena Toshinden (Tamsoft; PSX, Saturno, PC e Gameboy; 1994)
Quando Virtua Fighter desbravou o campo dos jogos de luta poligonais, estabeleceu como padrão que esta estética deveria ser mais realista, com golpes menos exagerados – o que foi seguido pela franquia Tekken, por exemplo. Contudo, a Tamsoft desafiou o estereótipo ao adicionar magias e movimentos especiais na mistura, criando Battle Arena Toshinden, primeiro game de luta 3D a utilizar armas brancas.
O jogo foi um sucesso de crítica e público, principalmente no console da Sony. Battle Aena Toshindenrecebeu três continuações e uma competente versão em 2D para o Game Boy, que, apesar dos gráficos chapados, reproduzia com fidelidade o clima do jogo original. Infelizmente, Toshinden foi um desses jogos que envelheceu mal, e hoje parece visivelmente datado – mesmo assim, sua contribuição para o gênero é inegável.
Battle Arena Toshinden
08. Ninja Masters (ADK; Neo Geo; 1996)
Não há dúvidas que o Neo Geo era a Meca dos jogos de pancadaria nos anos 90, tendo recebido tantos títulos que alguns bons jogos acabaram caindo na obscuridade. Ninja Masters foi um deles. Bastante apreciado por um público seleto, mas desconhecido da maioria dos jogadores, foi o sexto e último game de luta da ADK (de World Heroes e Agressors of Dark Kombat) para a plataforma.
Ninja Masters
O jogo seguia uma cartilha básica: personagens variados, combos interessantes e fáceis de serem executados, além de especiais, golpes fatais e uma boa dose de sangue. O mais legal de Ninja Masters era poder sacar e guardar as armas durante a luta, mudando os movimentos do personagem conforme a situação. Combinando misticismo e o período de guerras civis do Japão, este é um título que vale a pena ser revisto pelos amantes de games de luta.
07. Kizuna Encounter (SNK; Neo Geo; 1996)
A SNK foi uma empresa que soube explorar muito bem os duelos e lançou vários games bem interessantes durante a era de ouro dos arcades. O mais diferente deles foi Savage Reign, que mostrava o futuro cyberpunk de South Town, a cidade onde se passavam as sagas Fatal Fury e Art of Fighting. O lugar era dominado pelo tirano King Lion, mas encontrava resistência nas mãos de Hayate, personagem principal do game, que desenvolveu o Fuunken, uma espécie de arte marcial.
Savage era, na melhor das hipóteses, um game exótico. Tudo mudou com a continuação, Kizuna Encounter, que trouxe novos personagens e jogabilidade Tag, permitindo ao jogador alternar o controle de dois lutadores durante as partidas. Kizuna conseguiu aprimorar praticamente tudo que o seu antecessor criou, incorporando as novidades de forma muito mais harmoniosa e garantindo seu lugar no ranking dos melhores games de luta do console, o que não é pouca coisa.
06. Mace: the Dark Age (Midway; Arcade e N64; 1997)
Uma das críticas mais comuns de quem não gosta de games de luta é que o gênero investe muito pouco na ambientação e na história. Isto até pode ser verdade em muitos casos, mas Mace apostou em uma narrativa literária para envolver o jogador em sua trama sinistra.
Todos os personagens são bem desenvolvidos e têm motivos verossímeis para buscar a famigerada Maça de Tanis, cujo poder está trazendo trevas para a Europa e Ásia. Alguns desejam banir a fonte do mal, enquanto outros cobiçam o artefato para serem seu novo mestre. Com gráficos estonteantes e cenários caprichados, Mace era um dos jogos mais bonitos do Nintendo 64 e, junto com Killer Intinct e Mortal Kombat, formavam a tríade dos melhores games de luta disponíveis no console.
Todos os personagens são bem desenvolvidos e têm motivos verossímeis para buscar a famigerada Maça de Tanis, cujo poder está trazendo trevas para a Europa e Ásia. Alguns desejam banir a fonte do mal, enquanto outros cobiçam o artefato para serem seu novo mestre. Com gráficos estonteantes e cenários caprichados, Mace era um dos jogos mais bonitos do Nintendo 64 e, junto com Killer Intinct e Mortal Kombat, formavam a tríade dos melhores games de luta disponíveis no console.
Mace
05. Bushido Blade (Light Weight; Playstation; 1997)
Em Bushido Blade, cada movimento tem que ser calculado, pois todos os golpes são letais. Graças a esta preocupação com o realismo, não existem barras de energia neste game: um corte na perna reduz a movimentação dos personagens, golpes nos braços fazem com que você tenha que empunhar a arma com apenas uma mão e qualquer acerto no tronco ou na cabeça resulta em morte instantânea.
Os movimentos e posturas de BB foram retirados de golpes reais das artes marciais. Por conta disto, todos os duelos costumam ser tensos, podendo durar uma eternidade com os oponentes se encarando, mas apenas uma fração de segundos a partir do momento em que o aço corta o ar pela primeira vez. Apesar de ser ambientado no mundo moderno, Bushido Blade é o game de luta que melhor reproduz os combates do Japão feudal.
Os movimentos e posturas de BB foram retirados de golpes reais das artes marciais. Por conta disto, todos os duelos costumam ser tensos, podendo durar uma eternidade com os oponentes se encarando, mas apenas uma fração de segundos a partir do momento em que o aço corta o ar pela primeira vez. Apesar de ser ambientado no mundo moderno, Bushido Blade é o game de luta que melhor reproduz os combates do Japão feudal.
Bushido Blade
04. Samurai Shodown (SNK; Neo Geo; 1993)
Os samurais da SNK chegaram arrasando e ganharam todos os prêmios imagináveis da indústria, em 1993: melhor jogo de luta, melhor trilha sonora e até mesmo jogo do ano, segundo a imprensa especializada tando no Japão quanto nos Estados Unidos. O feito é notável, especialmente se considerarmos que, na época, uma nova versão de Street Fighter era lançada, praticamente, a cada seis meses.
Vitórias mais que merecidas: o game tinha belos gráficos, efeitos de zoom melhores que os visto em Art of Fighting, trilha sonora feita com instrumentos tradicionais do folclore japonês (como o shamisen), além de um arsenal de armas que varia das tradicionais espadas katanas ao kusarigama do “ninja” texano Earthquake. Para completar, Samurai ia na contramão da tendência vigente na época. Em vez de combos, o foco das lutas era saber o momento certo de investir com um golpe forte para causar o máximo de dano possível em um único ataque. Outra novidade da série foi a adição de animais de estimação, como cachorros, pássaros e, até macacos, que ajudavam alguns personagens durante os duelos.
Vitórias mais que merecidas: o game tinha belos gráficos, efeitos de zoom melhores que os visto em Art of Fighting, trilha sonora feita com instrumentos tradicionais do folclore japonês (como o shamisen), além de um arsenal de armas que varia das tradicionais espadas katanas ao kusarigama do “ninja” texano Earthquake. Para completar, Samurai ia na contramão da tendência vigente na época. Em vez de combos, o foco das lutas era saber o momento certo de investir com um golpe forte para causar o máximo de dano possível em um único ataque. Outra novidade da série foi a adição de animais de estimação, como cachorros, pássaros e, até macacos, que ajudavam alguns personagens durante os duelos.
O primeiro Samurai Shodown recebeu uma ótima continuação no ano seguinte ao seu lançamento, e um terceiro game em 1995. O quarto samurai saiu em 1996, com gráficos 2D ainda mais belos e um novo sistema de combos, que destoava um pouco da proposta original, mas atualizava o gameplay da franquia.
A série teve ainda uma investida de gosto duvidoso no mundo dos jogos 3D, na plataforma Neo Geo 64, para arcades, e duas outras continuações lançadas em 2003 e 2005, que tiveram muita qualidade e pouca visibilidade graças ao declínio da SNK.
A série teve ainda uma investida de gosto duvidoso no mundo dos jogos 3D, na plataforma Neo Geo 64, para arcades, e duas outras continuações lançadas em 2003 e 2005, que tiveram muita qualidade e pouca visibilidade graças ao declínio da SNK.
Samurai Shodown
03. Guilty Gear (Arc System Works; Playstation e posteriormente várias plataformas; 1998)
Misture visual estilo Anime, trilha sonora repleta de J-Rock, golpes destruidores e uma série de armas estranhas – âncora de navio, taco de bilhar, bisturi gigante e até a chave que abre o portão do inferno – e você tem Guilty Gear, franquia da Arc Systems. Com lutas frenéticas e personagens bem diferentes dos estereótipos apresentados em games mais tradicionais, Guilty Gear se destacou perante uma avalanche de títulos, ao ponto de se firmar como franquia.
O game ganhou continuações e releituras em vários consoles, do Wonderswan até o Nintendo Wii, passando pelas plataformas da Sony e Microsoft e, até no saudoso Dreamcast, da Sega. A franquia também inspirou um sucessor espiritual, BlazBlue, que também conquistou fãs nos consoles da nova geração, apesar da concorrência de gigantes, como Mortal Kombat e Marvel versus Capcom.
02. The Last Blade (SNK; Neo Geo; 1997)
Junto com Garou: Mark of The Wolves, The Last Blade é um dos jogos mais bonitos da SNK. Contudo, o título não se limita apenas aos belos gráficos, contidos no cartucho de quase 500 megas, que abrigava esta obra-prima. Este game consegue aliar a mitologia oriental com a história do Japão, mostrando conflitos que se passam durante a reforma política do país, no período do Bakumatsu, quando houve o declínio do xogunato e o começo a Era Meiji, que marcou o fim do isolamento do país.
Assim, vemos uma trama que envolve guerreiros decandentes, membros do shinsengumi (a força de elite do xogum), espadachins saudosistas e até estrangeiros. Porém, todo esse cuidado em retratar o momento político japonês seria em vão caso o gameplay decepcionasse. Felizmente, este não é o caso. Last Blade capricha apresentando dois modos de jogo – Power e Speed – que favorecem golpes especiais desesperados e combos devastadores, respectivamente.
Para completar, o game introduz um interessante sistema de repulsa, que permite defletir ataques inimigos sem tomar dano, montando contra-ataques e criando uma relação fluida, entre ataque e defesa, como nos combates reais. O jogo teve uma continuação com mais personagens e um novo chefão final, ainda mais apelão que o primeiro. Os dois títulos são tão bons que não existe um consenso na comunidade gamer sobre qual das versões é a melhor e, até hoje, a série pode ser encontrada em casas de jogos na terra do Sol Nascente.
Assim, vemos uma trama que envolve guerreiros decandentes, membros do shinsengumi (a força de elite do xogum), espadachins saudosistas e até estrangeiros. Porém, todo esse cuidado em retratar o momento político japonês seria em vão caso o gameplay decepcionasse. Felizmente, este não é o caso. Last Blade capricha apresentando dois modos de jogo – Power e Speed – que favorecem golpes especiais desesperados e combos devastadores, respectivamente.
Para completar, o game introduz um interessante sistema de repulsa, que permite defletir ataques inimigos sem tomar dano, montando contra-ataques e criando uma relação fluida, entre ataque e defesa, como nos combates reais. O jogo teve uma continuação com mais personagens e um novo chefão final, ainda mais apelão que o primeiro. Os dois títulos são tão bons que não existe um consenso na comunidade gamer sobre qual das versões é a melhor e, até hoje, a série pode ser encontrada em casas de jogos na terra do Sol Nascente.
01. Soul Calibur (Namco; Arcade; 1998)
Existem jogos de luta e existem obras de arte, com modo versus. O primeiro Soul Calibur se enquadra nesta última categoria. O game deixava todos os frequentadores de arcades boquiabertos, simplesmente porque não havia nada semelhante disponível no mercado.
Por isso, a franquia da Namco arrebatou jogadores e elevou o padrão de exigência do público, em termos de games 3D, a um novo patamar. Entretanto, toda esta qualidade pode ser explicada pela consistência da série: desde janeiro de 1996, a Namco começou o “projeto Soul”, lançando o seu primeiro game de luta tridimensional com armas, Soul Edge, que testou muitas das mecânicas apresentadas em sua continuação. Graças a esta primeira tentativa, Soul Calibur já estreou pisando em solo firme.
Por isso, a franquia da Namco arrebatou jogadores e elevou o padrão de exigência do público, em termos de games 3D, a um novo patamar. Entretanto, toda esta qualidade pode ser explicada pela consistência da série: desde janeiro de 1996, a Namco começou o “projeto Soul”, lançando o seu primeiro game de luta tridimensional com armas, Soul Edge, que testou muitas das mecânicas apresentadas em sua continuação. Graças a esta primeira tentativa, Soul Calibur já estreou pisando em solo firme.
Felizmente, os games seguintes conseguiram manter o alto padrão de gráficos, som e jogabilidade estabelecidos desde o começo da franquia. A série é tão boa que alguns personagens de outras empresas não resistem e acabam dando uma “palinha” nos duelos. Foi assim com o demônio das Hqs Spawn, o herói Link, o sanguinário Kratos (em Broken Destiny, muito antes de sua apariçao em Mortal Kombat) e até mesmo o mestre jedi Yoda.
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