Planeta Dos Macacos: O Confronto está chegando aos cinemas brasileiros e é hora de tentar entender a cronologia dessa distopia que atrai tanta gente. Tudo começou mais de meio século atrás com La Planète des Singes, livro francês de Pierre Boulle sobre astronautas que pousam num planeta dominado por macacos inteligentes. A série, famosa pelas questões políticas e sociais, voltou com tudo em 2011 com A Origem.
O reboot muda algumas coisas da linha do tempo da franquia e tenta criar um mundo coeso, afinal existem muitos buracos deixados pelos longas dos anos 60 e 70. Como o próprio diretor Matt Reeves disse recentemente ao site IO9 que a nova série pretende chegar no futuro visto no longa de 68, vamos tentar entender melhor a ordem dos filmes e a relação entre eles:
Os clássicos
Planeta dos Macacos (1968)
No cinema, tudo começou em 1968 com o lançamento do filme estrelado por Charlton Heston no papel do astronauta George que aterrissa em um planeta governado por macacos. Eventualmente ele percebe que está na Terra em um futuro muito distante, no qual os símios governam o planeta após a destruição da humanidade. O homem faz amizade com os cientistas Zira e Cornelius, que chamam o protagonista de "olhos brilhantes" enquanto o mantém como cobaia de laboratório. Na trama, ele deixa a Terra em 1972 e pousa em 3978. Sabemos disso graças às informações presentes em sua nave espacial, a Ícaro – lembre desse nome.
De Volta ao Planeta dos Macacos (1970)
Na primeira sequência do Planeta dos Macacos, um grupo de resgate vai atrás da nave Ícaro. No mundo dos símios, os astronautas descobrem um pequeno grupo de super-humanos com poderes psíquicos que vivem no subsolo e adoram uma ogiva nuclear. Eventualmente, há uma enorme batalha entre macacos e humanos do subterrâneo e isso resulta na destruição do mundo (de novo). O filme aparentemente se passa logo depois do original, mas o ano é 3955 – o que pode ser simplesmente um erro de continuidade.
Fuga do Planeta dos Macacos (1971)
Na nova sequência, Fuga Do Planeta Dos Macacos, Zira e Cornelius, do primeiro filme, escapam do apocalipse nuclear e usam a nave espacial Ícaro (de novo) para viajar de volta no tempo até 1973. Os macacos falantes tornaram-se celebridades, mas logo são capturados e torturados para fornecerem informações sobre o futuro. Eles têm um filho chamado César, que é escondido para crescer em segurança. A partir daí, a linha do tempo da franquia muda bastante. Não que houvesse de fato uma lógica respeitada pelos roteiristas, mas as coisas ficam ainda mais estranhas.
A Conquista do Planeta dos Macacos (1972)
Nessa nova linha do tempo, acompanhamos a vida de César vinte anos após a morte de seus pais. Após um vírus dizimar a maioria dos cães e gatos na Terra, macacos são adotados como bichos de estimação pelos humanos. Rapidamente os macacos deixam de ser amigos e passam a ser usados como escravos. César, eventualmente, lidera uma rebelião e liberta sua raça.
A Batalha do Planeta dos Macacos (1973)
A Batalha do Planeta Dos Macacos é outra continuação do filme de 1968 e se passa 10 anos após os acontecimentos de A Conquista Do Planeta Dos Macacos, embora comece 600 anos no futuro com um macaco sábio contando a história dos eventos que definiram seu mundo. Esse mundo é claramente diferente do filme original estrelado por Heston, afinal seres humanos e símios vivem em relativa harmonia. Na trama, vimos o surgimento da civilização de macacos e como César ensina seus seguidores a não escravizar e brutalizar humanos. É um futuro alternativo em relação àquele dos pais de César, no qual os macacos dominavam o mundo e os seres humanos eram reduzidos a animais.
Série de TV (1974)
A série não faz muito sentido com os filmes, mas os eventos do programa televisivo provavelmente (reparem no provavelmente) antecedem o filme original de 1968 e, ao mesmo tempo, seguem os eventos de Fuga do Planeta dos Macacos, de 1971. Ambientada em 3085, astronautas caem na Terra futurista, da mesma forma que no longa original, só que 900 anos antes do personagem de Charlton Heston. O motivo para isso nunca fica claro, mas pode ser devido às mudanças da linha do tempo, o que explicaria as alterações significativas no planeta e as diferenças de datas.
O remake
Planeta dos Macacos (Remake de Tim Burton) (2001)
Estrelado por Mark Wahlberg (Transformers 4: A Era Da Extinção), este é um remake direto do original de 68. Desta vez, o astronauta sai da Terra em 2029 e viaja até o ano 5021 e, fora isso, não existem muitas surpresas. No final, o protagonista retorna à Terra de 2001 e descobre que ela está dominada por macacos, algo semelhante ao que acontece no romance francês. O longa acrescenta pouco e na verdade é melhor esquecer que ele existe, diferente do ótimo reboot de 2011, sobre o qual falamos a seguir.
O reboot
O Planeta dos Macacos: A Origem (2011)
Esse filme reimagina a franquia e cria uma linha de tempo completamente nova. Embora tenha semelhanças com A Conquista do Planeta dos Macacos (1972), não pode ser chamado deremake, afinal tudo é muito diferente, inclusive a ascensão dos macacos no presente. César e seus seguidores têm a capacidade cognitva aumentada por um um vírus usado como terapia genética e começam uma revolução para conseguirem a liberdade. Outra grande mudança é que o César deste filme tem uma relação melhor com humanos e até evita matá-los.
Assim chegamos ao filme que estreia na quinta-feira (24). A trama se passa dez anos após A Origem. Ele continua a acompanhar César, mas as coisas estão ainda mais sombrias. De certa forma, o longa pode ser comparado a A Batalha do Planeta dos Macacos, pois mostra as duas raças coexistindo. Novamente as diferenças são tantas que não permitem chamá-lo de remake. Na trama, um vírus acabou com a humanidade. Os macacos inteligentes seguidores de César vivem nas florestas próximas a São Francisco e viram a humanidade se extinguir aos poucos. As coisas se complicam quando sobreviventes encontram os símios e desentendimentos banais podem gerar guerra entre as raças.
Fonte: Yahoo
Fonte: Yahoo
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