segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

As 20 melhores histórias em quadrinhos do Superman

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“Kryptonita Nunca Mais!”
Denny O’Neil, Curt Swan, Murphy Anderson
(Superman #233-238, 240-242, 1970-71)

Superman faz um lanchinho de kryptonita…
Antes da Crise, antes das reformulações, antes de o mundo jogar um novo olhar para o Homem de Aço, o roteirista Denny O’Neil foi incumbido de “humanizar” o Superman. Nos anos 70, depois de décadas de cronologia (e antes do interesse renovado pelo filme de Richard Donner), o herói era quase um deus: indestrutível, irrefreável. O’Neil, que arquitetou a guinada na carreira do Batman ao fazer dele o verdadeiro Cavaleiro das Trevas, eliminou a kryptonita da lista de fraquezas do Superman mas, em contrapartida, praticamente retalhou seus poderes pela metade. A outra ficuo com uma criatura feita de areia que mais e mais se parecia com Kal-El. Neste conto estranho, desenhado à perfeição pelo grande Curt Swan, Clark Kent descobriu que o “homem” ainda era mais poderoso que o “super”. É o que encarar sua mortalidade pode fazer.

Superman vs. o Homem-Aranha: A Batalha do Século
Gerry Conway, Ross Andru, Dick Giordano
(1976)

O Superman decide não transformar o rosto do Homem-Aranha em patê…
Entretenimento puro. Assim pode ser resumido o primeiro (e melhor) crossover promovido pela DC e Marvel. Com Lex Luthor e o Dr. Octopus como vilões, Clark Kent e Peter Parker trocam de cidade e assumem novos empregos no trabalho anterior um do outro. Após a batalha inicial dos heróis (ok, o Superman pode esmagar o Aranha como uma… você sabe… mas a solução para o equilíbrio das forças é muito bacana), eles juntam forças em uma trama fluida que nunca perde o ritmo. Gerry Conway, o homem que matou Gwen Stacy, assumiu o texto, e o genial Ross Andru desenhou o especial (diz a lenda que Neil Adams, insatisfeito com a versão de Andru para o Superman, redesenhou o Homem de Aço na surdina). Mas é isso que uma boa história em quadrinhos de super-heróis deve ser: empolgante e eletrizante, com a sensação de estar assistindo a um blockbuster. Dos bons!

“A Linha da Selva”
Alan Moore, Rick Veitch, Al Williamson
(DC Comics Presents #85, 1985)

O Monstro do Pântano faz uma descoberta incrível no… pântano!
Ao entrar em contato com um fungo alienígena, o Superman chega a uma terrível conclusão: ele vai morrer. Com seus poderes falhando, e a certeza de que pode machucar quem estiver por perto quando a febre alta o fizer alucinar, ele dirige (é, dirige) para o Sul dos Estados Unidos, para os pântanos solitários da Flórida. Ali encontra um aliado inusitado: o Monstro do Pântano. Alan Moore, pouco antes de Watchmen, criou um conto sombrio que fez o herói encarar um desafio que ele seria incapaz de enfrentar com os punhos. E mostrou o papel definitivo do Guardião do Verde no Universo DC. Tudo isso em uma trama de vinte-e-poucas páginas!

“Para o Homem Que Tem Tudo”
Alan Moore, Dave Gibbons
(Superman Annual #11, 1985)

Doces sonhos para o Homem de Aço…
Seu coração vai dar um nó neste “o que aconteceria se…” proporcionado pelo fanático déspota estelar Mongul. É aniversário do Superman e ele é “presenteado” com uma flor parasita que o paralisa e alimenta sua mente com seu maior desejo. No caso, o de viver num Krypton que nunca explodiu. Batman, Robin e a Mulher-Maravilha o encontram na Fortaleza da Solidão em transe, com Mongul pronto para conquistar o mundo. É uma trama brutal, emocionante e com tantos momentos incríveis que fica difícil relacionar – da fúria do Homem de Aço (“Queime”, ele diz a Mongul ao se livrar de seus grilhões) à mais genuína emoção, quando no momento em que ele, perdido num sonho vívido, confessa a seu filho que talvez o menino não seja real. Um clássico, cortesia da equipe de Watchmen.

“O Que Aconteceu ao Homem do Amanhã?”
Alan Moore, Curt Swan, George Pérez
(Superman #423, Action Comics #583, 1986)

Os (super) homens também choram
Crise nas Infinitas Terras estava reescrevendo o Universo DC. O editor dos dois títulos do Homem de Aço – Superman e Action Comics – achou que era o momento de encerrar uma era. Ele convocou Alan Moore (sua terceira história nesta lista) e lhe entregou a chave da Fortaleza da Solidão. Em duas edições, auxiliado pela arte magistral de Curt Swan, Moore teceu o fim definitivo do herói, quando ele confronta seu pior inimigo (que pode não ser a opção óbvia) e toma uma decisão que vai mudar completamente sua vida e a de quem ele ama. Seja o uivo de morte de Krypto, o Supercão, o sacrifício de Lana Lang e Jimmy Olsen e o tragicômico fim de décadas de continuidade, “O Que Aconteceu ao Homem do Amanhã?” mostra que pode até haver dúvida em qual seria a segunda melhor HQ do Superman até hoje… Mas a primeira é indiscutível.

O Homem de Aço
John Byrne, Dick Giordano
(#1-6, 1986)

Voo, superforça, visão de calor… corte e costura, serigrafia… Super-habilidades!
Depois do fim, o recomeço. John Byrne assumiu as rédeas criativas do Superman, e essa minissérie em seis partes foi a fundação na qual ele construiria um herói definitivamente mais humano e, por que não, mais heróico. O encontro com Lois Lane, a revelação de um novo Lex Luthor, o confronto com um certo Homem-Morcego de Gotham City e a revelação de seu passado recolocaram o herói no caminho certo. Byrne indiscutivelmente criou as melhores histórias do Homem de Aço nos anos que se seguiram, e algumas das melhores versões de personagens de seu universo (como Bizarro, Metallo e a Legião dos Super-Heróis) saiu de suas páginas. O tempo trouxe diversos elementos da história do Superman de volta, masO Homem de Aço resiste ao tempo como uma de suas melhores interpretações.

“O Segredo Revelado!!”
John Byrne, Terry Austin
(Superman vol. 2 #2, 1986)

Lex Luthor: incapaz de enxergar o óbvio…
Lex Luthor em seu momento definitivo. O mundo se pergunta como ninguém desconfia que Clark Kent e Superman são a mesma pessoa, usando apenas um óculos e os cabelos penteados para trás. Nesta HQ, do comecinho da “Era Byrne”, o escritor deixa a coisa bem simples – pelo menos para Lex Luthor. Disposto a descobrir quem é o Superman, o bilionário contrata as melhores mentes para analisar cada aspecto do Superman e a quem dele é próximo. A conclusão é lógica: Clark Kent é o Superman. A reação de Luthor, perfeita: ele se recusa a acreditar que alguém com o poder de um deus e esconde entre os humanos como uma pessoa normal. Arrogância e cegueira caminham lado a lado…

Os Melhores do Mundo
Dave Gibbons, Steve Rude, Karl Kesel
(# 1-3, 1990)

Noite feliz, noite de paz…
Com a nova continuidade estabelecida, chegara a hora de Superman e Batman viverem uma Aventura caprichada juntos. Mas não como os melhores amigos da Era de Prata dos quadrinhos, e sim como homens poderosos que se respeitam. Com Luthor e o Coringa na mistura, Os Melhores do Mundo é uma trama leve e divertida, que homenageia os primórdios dos heróis nos anos 40 com a sensibilidade de suas novas origens e motivações. Tudo emoldurado pela arte deliciosa de Steve Rude. Diversão pura!

“Cavaleiro das Trevas em Metrópolis”
Jerry Ordway, Dennis Janke, Dan Jurgens, Art Thibert, Roger Stern, Bob McLeod, Brett Breeding
(Superman vol. 2 #44, Adventures of Superman #467, Action Comics #654, 1990)

O Homem de Aço confia sua vida ao Cavaleiro das Trevas. Tenso…
Um assassinato leva o Batman a Metrópolis. Mesmo sabendo que seu caminho vai cruzar com o do Homem de Aço, o Cavaleiro das Trevas não abre mão de seus métodos e cobre a cidade iluminada pela esperança com um manto de trevas, revelando a seu protetor a sujeira, crime e corrupção encolhidos nas trevas. É quando o Superman percebe que o mal nem sempre chega na forma de algum cientista maluco ou de uma criatura super poderosa: ele pode estar dentro de cada um. Por isso que ele toma uma decisão crucial e entrega a Bruce Wayne o anel de kryptonita antes usado por Luthor: sua vida, caso ele perca o controle, precisa estar nas mãos do único homem em que ele pode confiar.

O Reino do Amanhã
Mark Waid, Alex Ross
(# 1-4, 1996)

A força do Homem de Aço é inútil contra o poder do trovão…
O future distópico traçado por Mark Waid e Alex Ross mostra um mundo ausente de verdadeiros heróis, em que seus herdeiros batalham por diversão e colocam a humanidade em risco. É quando uam profecia revela o fim do mundo a um pastor, e quando o Superman deixa seu exílio para comandar as forças do bem contra… contra quem, exatamente? Os músculos de granito representados na arte de Ross encontram um contrapeso crucial nas palavras de Waid, que retrata o Superman como um homem que sempre acredita em uma luva justa e verdadeira quando se está do lado certo – mas que nunca percebe quando a linha entre estes lados é apagada. No fim, a pergunta é, o que Deus faria se perdesse o controle? Até onde pode chegar um ser superpoderoso quando seu frio moral é aniquilado com a explosão de uma bomba atômica. O gibi definitivo do fim do século 20.

Superman: As Quatro Estações
Jeph Loeb, Tim Sale
(#1-4, 1998)

Sempre há espaço para uma última dança…
A origem do Superman é recontada de forma pueril e melancólica por Loeb e Sale. É a velha história com mais camadas, cada uma revelando que a verdadeira máscara na história do Homem de Aço é mesmo o Superman: Clark Kent sempre foi a personalidade dominante. A minissérie acompanha o primeiro ano formativo do herói, entre decepções amorosas, a descoberta de seus superpoderes e seu lugar no mundo. A narrativa corre em paralelo ao Homem de Aço de John Byrne, mas a intenção de Loeb e Sale (que aproveitavam o sucesso de Batman: O Longo Dia das Bruxas) era recuperar a grandiosidade, a majestade do herói em painéis inspirados em arte contemporânea americana. Cada edição traz um diferente narrador, colocando o Superman sob o prisma de quem é afetado por ele – seja Jonathan Kent, Lois Lane, Lex Luthor ou Lana Lang. Para ler com um sorriso no rosto!

Superman Paz na Terra
Alex Ross, Paul Dini
(1998)

Já pensou como vai ser na Copa?
A regra de ouro dos quadrinhos do Superman – a de que um personagem de ficção não deve resolver problemas do mundo real – é colocada à prova neste trabalho magnífico de Alex Ross e Paul Dini. Narrada em prosa, sem balões de uma história em quadrinhos típica, a trama mostra o que acontece quando o Homem de Aço decide saciar a fome no mundo. E ele se depara com problemas insolúveis, como tensões políticas, pressão militar e a ganância dos homens no poder. No fim, ele percebe que não é como Superman que ele pode ajudar. E sim como um homem comum que faz sua parte – ainda que pequena, igualmente importante. A arte majestosa de Ross se torna ainda maior em painéis que parecem retirados do mundo real – isso se, no mundo real, houvesse alguém capaz de voar…

Superman & Batman Gerações: Um Conto Imaginário
John Byrne
(#1-4, 1998-99)

Superman enfrenta… o Palhaço do Crime!
Anos depois de concluir sua reformulação do Homem de Aço, John Byrne colocou ele e o Batman num mundo que se atreve a fazer uma pergunta simples: e se a dupla de heróis visse o mundo correr em tempo real, de sua criação no fim dos anos 30 até a virada do século 21? A resposta pode surpreender, e Byrne não poupa idéias absurdas em retratar diferentes gerações dos homens que se intitularam Superman e Batman… mas será que o manto foi passado adiante, ou estamos vendo os mesmos heróis travar a mesma batalha por décadas? De coçar a cabeça e se maravilhar com a mente criativa de um dos artistas mais completos de todos os tempos.

“Qual É a Graça com a Verdade, a Justiça e o Modo Americano?”
Joe Kelly, Doug Mahnke, Lee Bermejo
(Action Comics #775, 2001)

Kal-El mostra quem é o mais casca-grossa de todos…
No novo século, o Superman parecia velho. Ou melhor, ultrapassado. Uma nova geração de heróis tomava o panorama do mercado de quadrinhos, com uma mistura de arrogância e violência que distoa da nobreza do Homem de Aço. Em particular o supergrupo The Authority, criado por Warren Ellis e aperfeiçoado em seu estilo blockbuster de destruir cidades e moer inimigos de Mark Millar. Superman? Pfff… Um bobalhão, um escoteiro crescido que não sabe o que é necessário para ser um herói nos dias de hoje… Mas Joe Kelly, roteirista de mão cheia, pensou exatamente o contrário, e em uma única história mostrou porque o Superman precisa continuar sendo exatamente quem ele é: o maior dos heróis, capaz de tudo para mostrar que o seu jeito pode não ser perfeito, mas ainda é o jeito certo. Sem áreas cinzentas. Porque o Bem e o Mal não tem um meio termo.

Entre a Foice e o Martelo
Mark Millar, Dave Johnson, Killian Plunkett
(#1-3, 2003)

Para o alto e avante, camarada!
O que aconteceria se a Terra desse meia rotação a mais quando o foguete de Krypton caiu no planeta? O que aconteceria se a herança de um mundo morto surgisse não no Kansas, mas na União Soviética? O que aconteceria se o Superman fosse de fato o Herói do Povo? Neste exercício fascinante de adivinhações e possibilidades, Mark Millar reescreve a origem do Homem de Aço de maneira surpreendente e espetacular. Por sua causa, o mundo inteiro dança para uma canção diferente, e o equilíbrio do poder é alterado de maneira tão inusitada quanto estranhamente familar. São os mesmos rostos, vistos agora pela primeira vez. E aquele final… ah, a diferença que uma única palavrinha pode fazer…

Identidade Secreta
Kurt Busiek, Stuart Immonen
(#1-4, 2004)

“Ei, vocês viram o Homem de Ferro?''
Clark Kent é um menino do Kansas, filho de pais bacanas, que sofre bullying na escola por ter o mesmo nome fictício do Superman – aqui, claro, nada além de um herói dos quadrinhos. Mas o que Clark pode fazer quando descobre possuir de verdade os poderes do Homem de Aço? E como o mundo reage à materialização concreta de um personagem de fantasia? Kurt Busiek é ótimo em retratar pessoas superpoderosas sob o ponto de vista do homem comum – o que ele fez de maneira brilhante em Marvels e aperfeiçoou incrivelmente com seu Astro City. Identidade Secreta é um conto bizarro e estranhamente sensível sobre um menino – e depois um homem – que encara uma situação fantástica. E quem nunca sonhou em poder voar de verdade? O que não pensamos, claro, é nas consequencias.

Grandes Astros Superman
Grant Morrison, Frank Quitely, Jamie Grant
(#1-12, 2006-08)

Superman e o poder da esperança…
Grandes Astros Superman não é uma história em quadrinhos: é uma declaração de amor. Grant Morrison nunca escondeu sua paixão pelos conceitos mais absurdos da Era de Prata das HQs. Trouxe de volta diversos elementos da época quando escreveu o Batman. Mas deixou o melhor para o Superman. Este Grandes Astros é uma viagem ao passado, mas sempre com o pé no futuro. A trama é de uma simplicidade absurda: envenenado pelo excesso de radiação solar, a mesma que lhe confere seus poderes, o Homem de Aço tem cerca de um ano para viver. Diz a profecia que ele vai completar doze tarefas antes de seu fim. Que ele vai salvar o mundo. E que ele nunca realmente vai embora… E, em doze edições, o maior herói dos quadrinhos realiza feitos nunca antes tentados, testa seus limites, declara seu amor e faz da Terra um lugar melhor. A arte de Frank Quitely é de outro mundo, e ele prova ser o intérprete ideal para as palavras de Morrison. A lamentar? Foi uma minissérie. E não veremos o que vem a seguir… Ou será que o fim é mesmo o fim?

“O Último Filho”
Geoff Johns, Richard Donner, Adam Kubert
(Action Comics #844-846/851, Action Comics Annual 11, 2006-08)

Fã que é fã não precisa de legenda…
O que começou descaradamente como uma “saga” para acompanhar o lançamento de Superman – O Retorno logo se mostrou mais inteligente e instigante do que a volta do herói aos cinemas. Um menino que diz ser de Krypton surge em Metrópolis e, após ser levado pelos militares, é resgatado pelo Superman e levado para a fazenda dos Kent – batizado Christopher, ele é adotado por Clark Kent e Lois Lane. À mistura logo juntam-se Bizarro, General Zod e Lex Luthor, em uma batalha que termina na Zona Fantasma. Geoff Johns, roteirizando uma idéia dele e do diretor Richard Donner, faz um ótimo trabalho em amarrar algumas idéias do filme de 1978 com a continuidade dos quadrinhos. E o que era para ser uma bobagem passageira torna-se uma história emocionante sobre destino e escolhas, dever e amor, pais e filhos. Sem falar da arte de Adam Kubert, que mais do que nunca mostra ser, claro, herdeiro de seu pai.

Origem Secreta
Geoff Johns, Gary Frank, Jon Sibal
(#1-6, 2009)

Gary Frank se inspirou em Christopher Reeve para desenhar o Superman
Mais uma vez, a origem do Superman é recontada. Mais uma vez, um autor de primeira revela novas camadas da revelação do herói ao mundo. Geoff Johns coloca o jovem Clark Kent à voltas com a descoberta de seus poderes – não muito diferente de todas as mudanças experimentadas por adolescentes, anabolizadas com visão de calor e superforça. Sua relação com Jonathan Kent ganha mais força, tanto que o roteirista David Goyer “emprestou” diversas passagens para o texto do novo filme. Mas é só o começo. A amizade com Lex Luthor adolescente, a chegada à Metrópolis e ao Planeta Diário, Lois, Jimmy e Perry… Todos reapresentados sob uma nova ótica, a que mistura elementos das dezenas de interpretações do herói em 75 anos e coloca no papel em uma roupagem pós-moderna, em paz com o passado e sem medo de encarar o futuro. Gary Frank, não por acaso, baseia seu Clark Kent – e seu Superman – nos maneirismos de Christopher Reeve, intérprete definitivo do Homem de Aço. Origem Secreta mostra, com sucesso, que nunca é demais ouvir uma velha história.

Terra Um
J. Michael Straczynski, Shane Davis
(2010)

E surge, mais uma vez, pela primeira vez, o Superman!
A série Terra Um é como o Universo Ultimate para a Marvel: um ponto de partida 100 por cento moderno. Straczynski é mestre em mostrar o homem por trás do super-homem, e parece que passou parte de sua carreira, como na série Poder Supremo, ensaiando para o palco principal. Clark Kent aqui é um homem em busca de sua identidade. Ele passa a juventude rodando o mundo, ajudando as pessoas, tentando descobrir seu propósito. Todos os caminhos, claro, levam à Metrópolis, onde ele vai ter o primeiro contato com sua herança aleinígena – o que dispara um gatilho genético que atrai uma raça de conquistadores ao nosso planeta. Se a trama parece semelhante, é porque O Homem de Aço a espelha quase à perfeição no cinema. Com algumas diferenças básicas (não existe outros kryptonianos em Terra Um) mas com a mesma disposição para reescrever a história. E isso que é fascinante no Superman: a pluralidade de suas reinvenções, a diversidade das interpretações. E uma certeza: não importa quando, não importa onde, você vai acreditar que um homem pode voar.

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